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quinta-feira, 3 de março de 2016

Borboleta na Janela

Licença Creative Commons
O trabalho Borbleta na Janela de Gláucia Hamond Coutinho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.


Era uma tarde comum. Nublada, mas calma. E eu olhava o mundo pela janela. Protegida por aquela pequena, porém firme, película de vidro. Embora de vidro, era uma proteção. Eu admirava a vista com tamanha emoção e gosto, mas com uma pontinha de receio e insegurança. Talvez uma certa pontinha de medo do que me era estranho, diferente e desconhecido. A vida passava por aquela janela como um filme numa tela de projeção. As pessoas andavam, os cães latiam, os gatos caminhavam elegantemente pelos telhados, os carros corriam e as folhas das arvores caíam como bailarinas dando piruetas ao vento. E enquanto eu apreciava toda aquela paisagem sedutora, notei uma borboleta. E ela era linda! Toda colorida! Voava para todos os lados e vez ou outra batia na janela. Parecia querer entrar sem entender que o vidro, embora transparente, era uma barreira. Fiquei muito tempo avaliando aquela situação. Vários dias se passaram. Talvez meses e anos... Não sei ao certo. E eu sempre via a tal borboleta por ali, tentando entrar, lutando contra o vidro. Uma batalha praticamente impossível por ela não notar a barreira que existia. Eu me perdi no tempo olhando e tentando entender a luta daquela borboleta. Eu não fazia mais nada, a não ser observar aquela intrigante situação. E como nós éramos parecidas! Eu e a borboleta. Depois de muito avaliar, me dei conta de que o vidro não era tão transparente assim! Era levemente espelhado... Espelhado por dentro. De repente, tudo ficou mais claro! A borboleta era eu! Curiosa e louca para me aventurar! Mas amedrontada pelo desconhecido. Enchi o peito de ar, como uma atleta que toma coragem e impulso na hora de um salto. Abri a janela e senti aquela brisa gostosa acariciar o meu rosto como uma luva de seda. Fechei os olhos por um instante para curtir o momento. Sorri emocionada! E sem olhar para trás, abri minhas asas e voei mundo afora! Ao me perder naquele voo, me encontrei. Agora segura e certa de que em algum momento da vida, todos nós somos borboletas na janela.

Imagem da internet.

quarta-feira, 2 de março de 2016

Book Fotográfico

Fotos feitas por Zuh Ribeiro, na Army Agency.