Eu disse: Espírito Santo e os 5 Magníficos Canalhas. by Gláucia Hamond Coutinho is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 3.0 Brasil License.
Estava eu, num belo dia, brincando de "mímica" com alguns colegas na época da minha adolescência. Tudo se passou num prédio que morei parte da minha infância e adolescência no Grajaú, o "Segadão", para os íntimos. rsrs
Eu adorava a brincadeira, ainda mais porque eu, como atriz (naquela época ser atriz ainda era um sonho secreto) sempre queria "atuar" de alguma maneira. Mas, como a melhor parte da brincadeira é ganhar (esse papo de que "o importante é participar", sempre achei uma furada) resolvi dar uma ajudinha pra sorte e corri em casa para pegar o jornal e ver os nomes dos filmes que passariam durante aquela semana. Com tantas idéias de títulos de filmes, o meu grupo, com certeza, teria mais chances de ganhar. O mais curioso foi que achei um título, que além de grande, era extremamente difícil de se fazer alguma mímica com aquelas palavras, que juntas não pareciam fazer sentido algum. O nome do filme que eu acabei escolhendo, para nosso grupo dar ao outro para fazer a mímica, foi nada mais, nada menos que: "Espírito Santo e os 5 Magníficos Canalhas"! E não é que o filme existe mesmo! Passou na "Sessão da Tarde" e tudo! Se não fosse o jornal eu nem teria como provar isso naquela época, já que internet era coisa de filme de ficção científica. Mas o jornal estava ali comigo, como prova. Engraçado foi ver o pobre coitado do grupo adversário tentando, com muito custo e dificuldade, fazer a mímica do nome deste filme! O sujeito começou fazendo o sinal da cruz. Mas ninguém dizia "Espírito Santo"! E olha que ele, ao fazer o sinal da cruz, firmava continuamente os dedos nos ombros, exatamente onde o "Espírito Santo" é pronunciado. Mas o mais engraçado mesmo foi quando ele resolveu pular algumas palavras e ir logo para "canalhas". Ele apontava para um rapaz que também brincava conosco. Seu nome era Ricardo. E como este Ricardo era uma figura engraçada e extrovertida todos começaram a mandar alguns adjetivos, achando poder ser a palavra certa. Começaram com chato, burro, metido, feio, viado, galinha, escroto... rsss Esses adjetivos que os jovens adoram se chamar entre si, principalmente quando são amigos! É verdade! Mas "canalha" não era pronunciado por ninguém! Pra tristeza e desespero do sujeito que tentava a todo custo correr contra o tempo. E o tempo passando... Até que se esgotou. O outro grupo mais do que imediatamente pediu para saber qual era o "bendito" nome do filme. E óbvio, não acreditaram. Mas meu jornalzinho, como falei anteriormente, estava ali, como prova e evidencia! O episódio ficou ainda mais engraçado quando o Ricardo, depois de muitas risadas de todos, virou para o sujeito que fez a mímica e disse: "Pô, cara! Eu sou canalha?". Não, coitado! Não era, não! Mas, pensando bem, acho que "canalha" mesmo fui eu, que usei este título tão estranho e tão diferente para ganhar uma simples brincadeira. Mas jogo é jogo, cada um usa as armas que tem e cá pra nós, ganhar é bom pra cacete! rsss
Para quem não conhece, este filme foi um western italiano, ou melhor um "Spaghetti Western", como os gringos costumavam chamar. Em inglês, "Holly Ghost and the 5 bastards of the West". Produção italiana de 1972. Direção de Roberto Mauri.
ResponderExcluirCom: Vassili Karis, Ray O'Connor, Ken Wood, Aldo Berti, Lincoln Tate, Jolando Modio.
Este é o segundo dos quatro filmes oficiais que foram feitos com o personagem Espirito Santo.
Sinopse: Cidadãos de uma localidade do oeste convocam o pistoleiro chamado Espirito Santo, para combater criminoso que ameaça o local.
Exibido na TV, com titulo de cinema.